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Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works é um anime de 25 episódios divididos em duas temporadas que foram ao ar de outubro de 2014 até junho de 2015. Produzido no estúdio ufotable (Fate/Zero, Kara no Kyoukai) e dirigido por Takahiro Miura, a obra adapta a visual novel Fate/Stay Night, dessa vez seguindo a rota Unlimited Blade Works, diferente do anime de 2006 produzido pelo estúdio Deen, que adapta a rota que dá nome a obra. Sinopse: Após a morte de seu pai, Rin entra na Guerra do Santo Graal somente para honrar a herança da prestigiada Casa Tohsaka ao lado de seu servo, o Archer. Brevemente, no entanto, ela descobre que Shirou Emiya, um menino de seus tempos de Ensino Fundamental, também se envolveu nas batalhas e então o salva, inesperadamente, em momento de injúria fatal. Sem delongas, Rin parte para pôr fim às conspirações que cercam a Guerra do Santo Graal ao lado de Shirou e seu servo, a Saber.
Considerando que quem estiver lendo isso provavelmente não entende muito, ou quase nada, da serie Fate, tenho que primeiro deixar umas coisas claras. Esse anime pode ser visto sem ter conhecimento de qualquer outra obra da serie fate, visto que apesar dele ser uma rota alternativa, ele adaptada a visual novel desde o começo até entrar na rota propriamente dita. Existe o Fate/Zero, que acontece 10 anos antes desse anime, mas na teoria foi lançado depois. Eu recomendo assistir o Zero antes, apesar de não ser necessário, porque esse anime vai citar alguns acontecimentos do Zero, principalmente do final da obra, mas, não tem necessidade real (quem quiser saber o que eu achei do Fate/Zero: Link). E quem está se perguntando o que tem a ver com o filme de mesmo nome, é simples, o filme não é para ser assistido, digo, ele foi feito com base que você tenha visto o anime de 2006, e além disso, esse anime é muito melhor desenvolvido que o filme em questão.
Agora, indo para a resenha propriamente dita, a serie Fate é uma das mais populares no Japão atualmente, e tudo começou com essa visual novel, e essa adaptação faz entender um pouco o porque disso. Ação acima de tudo define essa obra, visto que o foco aqui é muitas lutas entre os vários servos. Claro que o desenvolvimento da história não deixa a desejar, por mais que o foco seja a ação, a história do anime é bem desenvolvida, e por mais que seja relativamente simples, vencer a guerra do santo graal derrotando todos os outros, os acontecimentos durante o progresso do anime, os twists e afins são bem interessantes, e mantem a história renovada durante seu progresso. Ela não é nada de muito especial, digo, não é complexa, mas se mantem bem e tem alguns twists que são bem interessantes, sendo assim bem consistente no geral.
Diferente de Fate/Zero, UBW começa muito mais agitado e frenético, explicando como funciona a guerra do graal, os motivos e afins enquanto muita ação acontece, e isso é bem interessante. Porque, querendo ou não, explicações demais podem ficar chatas se não bem conduzidas, e isso acontece bem nessa obra.
A ideia dos servos é algo que me agrada muito sempre, afinal, ver personagens históricos, mitológicos e afins lutando entre si é muito interessante, ainda mais quando bem animados e com lutas fantásticas. As cenas de ação do anime são muito boas, a direção, apesar de um diretor inexperiente, conseguiu criar uma ótima coreografia de ação, com muito movimento e criatividade. E a animação ajuda muito nisso, visto que é extremamente fluida e consistente, gerando cenas fantásticas.
Porém, o final do anime foi talvez o ponto que mais deixou a desejar. Não que o final tenha sido insatisfatório, ao menos não para mim, porém, a maneira como ele acontece que me desagradou um pouco, eu diria que ele foi "Shounen" demais, por mais que o anime tenha tal demografia, eu acho que poderia ter sido um pouco melhor. Não posso entrar em detalhes para não dar spoilers da obra, mas, o final, apesar de satisfatório, não aconteceu da melhor maneira.
Uma das coisas mais importantes da obra para mim foi o fato de que ela me fazia ter a vontade de assistir cada vez mais, de saber o que ia acontecer com os personagens, com os servos, como tal coisa ia terminar e por ai vai, ou seja, a história conseguiu me prender bastante enquanto assistia, e isso é sempre muito positivo. Depois que eu acabei o anime, fiquei com uma sensação de "quero mais", porém, o final dele foi tão perfeito e conclusivo, que essa sensação é apenas pela qualidade da obra, e não por ter tido um final em aberto.
Os personagens aqui são um ponto crucial da obra, visto que muito depende do carisma deles. Os protagonistas, Shirou, Saber, Rin e Archer são ótimos personagens, e são amplamente desenvolvidos aqui, talvez com exceção da Saber, que tem seu desenvolvimento melhor na rota Stay Night. Esses personagens são interessantes, o Shirou já tem algumas diferenças do personagem de shounen padrão, apesar dele cair no velho clichê de querer salvar todas as pessoas do mundo, as razões para isso diferem do padrão. Além disso, ele não fica forte do nada, ou é alguém com um dom privilegiado, como a maioria dos personagens de shounen, ele é só um garoto mago com poderes medianos.
A Rin é a melhor personagem da obra, ela é divertida, carismática, e apesar de ser um pouco tsundere, não é um tipo irritante. O desenvolvimento dela é bem importante também, principalmente nessa rota, não direi exatamente o porque, mas algumas coisas podem ser deduzidas. O Archer, por ser servo dela, e por outra razão, também é muito desenvolvido, e acaba sendo um personagem interessante. Os outros personagens tem um desenvolvimento menor, com exceção do personagem da classe Caster, normalmente por dois motivos, ou eles ganham melhor desenvolvimento em outras rotas, ou simplesmente não tem importância para a história em si. Então, se algum personagem parecia importante e não foi bem desenvolvido, existe a possibilidade dele ser em outra rota (Que são a Stay Night e a Heaven's Feel). Em geral, os personagens me agradaram bastante, principalmente os protagonistas, por serem diferentes do padrão em alguns aspectos.
Quanto aos aspectos técnicos, nada a reclamar, direção é criativa com as cenas de ação, e conseguiu impactar quando precisava. A trilha sonora é muito boa, e a animação é nível altíssimo, muito bonito e extremamente consistente. (A obra até ganhou o apelido de Unlimited Budget Works ("Trabalho de Orçamento Ilimitado), dado a qualidade da animação).
Resumindo, para quem quer muita ação, uma história simples, com alguns twists e consistente, e uma qualidade técnica de nível altíssimo, recomendo muito essa obra.
Notas:
História: 8.25/10
Personagens: 8,5/10
Direção: 8,5/10
Animação: 9,25/10
Trilha-Sonora: 8,5/10
Divertimento: 8,75/10
Nota Final: 8,5/10
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